top of page
  • Black YouTube Icon
  • Black Instagram Icon

Como estimular o bebê a falar?


A linguagem é sem dúvidas, uma importante e complexa função cognitiva e o seu desenvolvimento é há muito tempo, objeto de vários estudos. O processamento da linguagem ocorre em estruturas específicas do cérebro e algumas atividades como observação e imitação, contribuem para o seu desenvolvimento. Sendo assim, é de suma importância que a gente estimule a criança desde os primeiros meses.


O desenvolvimento da linguagem conta com uma sequência de habilidades pré-linguísticas importantes. Desde o nascimento o bebê precisa ser capaz de chorar. Com o passar do tempo ele emite arrulhos e balbucia. Ainda antes de emitir a primeira palavra com significado, ele faz imitações acidentais e posteriormente, deliberadas. Já perto de completar 12 meses, o bebê passa a utilizar gestos de maneira significativa, denotando também o desenvolvimento da capacidade de entender e reconhecer diferentes sons. Cada um desses processos é fundamental para o desenvolvimento adequado da linguagem e indicativo do seu desenvolvimento cognitivo.


É a partir dos 6 meses que o bebê começa a demonstrar que associa o som a palavra. Mas é só entre os 10 e os 14 meses, que a maioria dos bebês inicia a fala linguística, pronunciando a primeira palavra que transmite de fato, um significado.


Com a nossa interação e importantes dicas, além de desenvolver a linguagem do bebê, a gente estimula outras funções cognitivas e ajuda a construir o vínculo com a criança. Então, vamos as dicas:


Converse com o bebê

O ideal é que o hábito de conversar com o bebê seja construído ainda durante a gestação. Isso porque, desde o 6º mês de vida intrauterina, o bebê já interage com estímulos externos. Essa interação é fundamental para o desenvolvimento da linguagem e de outras importantes funções cognitivas.

Por volta dos 6 meses (de vida extrauterina), o bebê começa a balbuciar. Já nessa fase, muitas famílias erroneamente acreditam que o bebê está falando palavras como "mamãe" e "papai", quando balbuciam "ma-ma-ma-ma" e "pa-pa-pa-pa". Mas na realidade, nessa fase o bebê apresenta apenas uma repetição sequencial de consoantes e vogais, ainda sem qualquer significado. Mesmo assim, este parece ser um bom momento para estimular a linguagem oferecendo uma resposta ao seu balbucio de acordo com o que parece estar despertando o interesse dele no momento.


A conversa com o bebê também vai favorecer o processo de imitação, tão importante para o desenvolvimento da linguagem. É através da observação dos nossos movimentos da boca ao falar e da imitação, que o bebê produz sons do idioma, no início acidentalmente e posteriormente, atribuindo significados. Mas não é só isso. A interação de qualidade com o adulto, dentro de um contexto, impacta diretamente na aprendizagem e desenvolvimento da fala.


Leia para o bebê

A leitura é uma das formas mais eficazes de desenvolver a fala, assim como amplia o vocabulário e ajuda a promover outras importantes habilidades cognitivas.

É fundamental que o livro seja adequado a faixa etária e se, ainda assim for necessário, simplifique a história, tornando-a mais direta. Durante a contação, chame a atenção do bebê para os nomes dos personagens e objetos contidos no livro. Repita-os sempre.


Nomeie coisas e objetos

Nomeie as coisas e objetos a sua volta. Para aprender, o bebê precisa estar em constante interação com o meio.


Cante para o bebê

Por conter repetições e rimas, a música possui grandes benefícios para o desenvolvimento da fala. Através delas o bebê imita determinados sons, aprende e amplia o vocabulário. Na hora de dormir, vale a pena exercitar a cantoria com músicas suaves e curtas. Elas acalmam o bebê e ajudam a despertar sensação de conforto e relaxamento.


Questione e dê nome as intenções gestuais do bebê

Antes de pronunciarem as primeiras palavras com significado, os bebês se comunicam por gestos. Apontam para onde querem ir ou o que querem pegar, por exemplo. É um processo natural e que faz parte do desenvolvimento inicial da linguagem.

Contudo, muitas crianças desenvolvem a linguagem oral tardiamente porque os familiares tendem a atender prontamente as solicitações da criança, ainda que incompletas. Muitas vezes a família deduz o desejo da criança e atende rapidamente, sem qualquer tipo de verbalização ou esforço por parte do bebê. Está claro que a linguagem oral é uma forma importante de comunicação, mas para desenvolvê-la é fundamental que a criança sinta a necessidade de falar e encontre o sentido da fala.

Um exemplo disso é quando o bebê aponta para o copo com água. Ao invés de entregá-lo prontamente, observe como reage, se demonstra intenção de falar ou se apenas encontra sentido nos gestos. A seguir, questione: "Quer água?". Nomeie o que está sendo apontado pelo bebê.

Crianças que já andam podem inclusive ser encorajadas a pegar o seu próprio copo, se estiver numa altura adequada.



Desenvolver a linguagem tardiamente não implica que necessariamente a criança apresente ou que irá apresentar algum transtorno ou distúrbio da linguagem. No entanto, se a criança não estiver respondendo aos estímulos, é interessante buscar auxílio de um especialista.

Comentários


© Construindo Laços. Todos os Direitos Reservados.

bottom of page