Como estimular a autonomia da criança?
- Mell Assis
- 23 de jul. de 2021
- 2 min de leitura

Sabemos que a criança não nasce com a capacidade de refletir, tomar decisões com autonomia e administrar comportamentos. Essas capacidades são construídas a partir de interações sociais saudáveis e adequadas.
A construção da autonomia depende fundamentalmente do desenvolvimento de habilidades cognitivas que nos permitem regular e controlar emoções, pensamentos e ações. Ou seja, são habilidades necessárias para o controle da nossa vida funcional propriamente dita e saúde mental, como por exemplo, manter a atenção durante uma aula ou controlar respostas impulsivas. Enfim, existe uma série de habilidades que compõem as funções executivas e para desenvolvê-las é fundamental que sejam estimuladas.
Apesar das funções executivas se aprimorarem ao longo da vida até o início da fase adulta, a primeira infância (até os 6 anos) é um período fundamental, onde vai ser formado a base para execução de atividades posteriores. Sendo assim, é indispensável que os adultos auxiliem nesse processo e repassem às crianças algumas responsabilidades, ajudando-as a realizá-las de acordo com a idade correspondente e, portanto, suas possibilidades.
Com estímulo, incentivo e orientação, as crianças vão aos poucos adquirindo autonomia e aprendem a lidar com algumas situações e aspectos da vida, sem precisar de auxílio.
Como ajudar a desenvolver a autonomia?
Ofereça auxílio
O primeiro passo é reconhecer que o auxílio do adulto é fundamental. Incentivar as capacidades e valorizar as tentativas são de suma importância para ajudar a criança a se arriscar positivamente em novos caminhos e possibilidades. Portanto, mostre-se disposto a ajudar e ensinar. Seja durante uma crise de choro ou até nas atividades domésticas.
Diga à criança o que espera dela.
Situações do dia a dia são grandes oportunidades para estimular a autonomia. Mas o que cada criança é capaz de fazer de acordo com a sua idade e possibilidades, também deve ser considerado. Sendo assim, as crianças que já andam, por exemplo, já conseguem pegar e guardar os brinquedos após o uso.
Ao término da brincadeira, incentive o bebê a te ajudar a guardar os brinquedos. Falas como "vamos guardar as bolinhas aqui", ajudam o bebê a compreender com o tempo, que existe uma rotina também após a brincadeira. E não é só isso, promove o desenvolvimento de habilidades cognitivas e fortalece o vínculo afetivo.
Reconheça o esforço
Nessa jornada de desenvolvimento, é fundamental apoiarmos os afazeres da criança, do modo que ela consegue fazer. À princípio talvez a cama não fique tão arrumada, do jeitinho que a gente espera. Mas com o tempo, com apoio, orientação e incentivo, a criança aprimora as habilidades. Por isso, é muito importante reconhecer o esforço do pequeno e auxiliá-lo nas atividades.
Incentive a criança a falar sobre seus sentimentos
Reconhecer, identificar e nomear nossos sentimentos e emoções não é uma tarefa fácil, sobretudo quando criança. Mas é fundamental para nos ajudar a gerenciar essas emoções e principalmente controlarmos as nossas respostas diante de um estímulo ou situação. Por isso é muito importante manter um diálogo aberto com a criança, acolhê-la quando necessário e ajudá-la a descobrir como se sente diante de determinados eventos. Posturas como essa, vai ajudar a criança a construir uma boa visão de mundo e desenvolver a sua autonomia.
Tenha rotina!
A rotina é fundamental para a construção da autonomia. Pode até não parecer, mas a criança se sente segura por conhecer as regras e saber o que esperam dela.
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